Menino Maluquinho
“O tempo do menino maluquinho é um tempo que existe só na infância, mas ele é eterno em todos nós.”
Neste sábado, 6 de abril, perdemos um dos maiores expoentes da nossa cultura, Ziraldo Alves Pinto.
Advogado por formação, dedicou toda sua vida ao processo criativo.
Chargista, caricaturista, ilustrador, comunicador visual, escritor, jornalista, sempre atento e presente em múltiplas manifestações da cultura popular brasileira!
“O Menino Maluquinho”, seu personagem mais conhecido, que habitava aquele coração inquieto e inovador, saiu das páginas do livro e passeou por filmes e peças teatrais, pautou músicas e outras criações levando uma mensagem de inocência e a esperança de um mundo fraternal.
Ziraldo também criou “A Turma do Pererê”, primera revista em quadrinhos do país inspirada no folclore brasileiro.
Ativista político, integrava o grupo de fundadores d’O Pasquim (1969), combativo veículo da dita imprensa alternativa durante o período da ditadura militar. Foi preso um dia após a promulgação do Ato Institucional Número Cinco (AI-5), em 1968.
Criou inúmeras obras literárias para o público infantil, sempre incentivando a leitura como o principal processo formador do indivíduo.
Nós da UFRJ, temos como legado seu grande mural “A Última Ceia” pintado em 1967, na antiga casa de shows do Canecão.
Prestamos nossas homenagens a Ziraldo, reconhecendo sua história e sua luta, com profundo agradecimento por sua dedicação e entusiasmo em prol da cultura nacional.
Aos 91 anos, Ziraldo fez sua passagem numa ensolarada tarde de outono, onde as cores abriram passagem para seu novo caminho.
Menino Maluquinho
Vô Passarinho
foi ser Flicts